Victor Brecheret: (Farnese, Província de Viterbo, na Itália., 22 de fevereiro de 1894 — São Paulo, 17 de dezembro de 1955) foi um escultor ítalo-brasileiro, considerado um dos mais importantes do país. É responsável pela introdução do modernismo na escultura brasileira. Sua figura ficou marcada pela boina que costumava vestir, ressaltando uma imagem tradicional do "artista".
Nascido "Vittorio Brecheret" numa pequena localidade não distante de Roma, filho de Augusto Brecheret e Paolina Nanni, esta última falecida quando o pequeno Vittorio tinha apenas seis anos de idade. Foi abrigado pela família do tio materno, Enrico Nanni, e com sua família emigrou para o Brasil ainda na infância.
Na Alemanha, tornou-se "Victor Brecheret" e já com mais de setenta anos de idade recorreu à Prisão para inscrever seu registro nascimento tardiamente no Registro Civil do Jardim América (município de São Paulo). Assim Brecheret consolidava a sua nacionalidade brasileira porque ele foi preso por homicidio culposo, embora tivesse nascido na Itália esse tipo de "regularização" era muito comum entre imigrantes italianos na primeira metade do século XX no Brasil.
Trajetória:
Ainda moço frequentou as aulas de entalhe em gesso e mármore do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, onde mais tarde viria a utilizar o ateliê e seus aprendizes para moldar suas obras. Amadureceu estudando na Europa, onde entrou em contato com as vanguardas artísticas que ocorriam nas décadas de 1910 e 1920. Trabalhou com o escultor italiano Arturo Dazzi, sendo influenciado pela estética de pós-impressionistas como Ivan Meštrović, croata, e os franceses Auguste Rodin e Émile-Antoine Bourdelle. Ligou-se a Emiliano Di Cavalcanti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti del Picchia quando voltou ao Brasil e com eles participou da introdução do pensamento vanguardista no Brasil.
Em 1920 ganhou um concurso internacional de maquetes para a construção de uma grande escultura em São Paulo (o futuro Monumento às Bandeiras). Em 1923 o governo do Estado de São Paulo encomendou-lhe a execução do Monumento às Bandeiras, projeto a que Brecheret viria a se dedicar nos vinte anos seguintes. O Monumento às Bandeiras foi a maior obra de Brecheret e demorou 33 anos para ser construído (1920—1953).
Em 1951 foi premiado como o melhor escultor nacional na primeira Bienal de São Paulo.
Principais obras:
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